terça-feira, 9 de junho de 2015

Saindo da caixa


Eu sempre amei as borboletas, elas são livres...
Passam por uma estadia num casulo sem reclamar da feiura e do pouco espaço.
 Realizam a aprendizagem e abrem-se para o mundo, devolvendo em gratidão ao universo sua beleza.
Lembro-me de ir aos bosques no Brasil, na minha terra natal, a caminhar por horas dentro da floresta, falando com a natureza, sozinha. Eu e  toda ela.
Sempre me era abençoado ver uma ou mais borboletas. Sempre que elas passavam por mim eu dizia:
Paz, amor e alegria.
Funcionava como um ritual para aproveitar a dádiva de ter visto aquelas meninas...
Nunca fui parecida com nenhuma das minhas colegas de escolas, sempre era a diferente.
Meu caminho era só, por não conseguir permanecer na mesma caixa.
Mas hoje eu vejo isso muito bem. Continuo a acreditar na minha melhor amiga: minha alma.
Olhando para como se move hoje a consciência das pessoas, vejo que ganhei anos a frente em descoberta.
Nunca vivi em caixas. Ja estive sim a participar, mas logo me davam coceiras e eu saia.
A sociedade hoje acorda ao perceber que velho é o pensamento do que se vê como velho.
Ninguem se prepara para uma velhice feliz...primeiro se matava depois queria viver. Como é o caso de aposentar-se...
AHHH...quando eu tiver 65 anos vou viver bem, casa na praia, renda mensal, vou comer de tudo...
Ai vem o stress...e todos perderam a juventude...
Pergunto: Será que alguém de fato chegou a gozar deste sonho?
A pessoa olha para um emprego que odeia, casado e sem energia de encontro, estudou algo que não gosta...que saco de vida...tenho 70 anos e estou doente...
Socorro, como dizia Hermógenes: Deus me livre de ser normal!!
Por isso sou tão feliz por dizer diariamente nas minhas aulas de yoga aos meus alunos, que vivam e agradeçam. Que dádiva é poder mudar isso tudo.
Namaste.

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