quinta-feira, 25 de junho de 2015

Movimento é medicamento

Deus nos respeita
quando trabalhamos, mas nos ama
quando dançamos.
                             Velho provérbio sufi.



domingo, 14 de junho de 2015

Encontros da alma.






Estava eu a caminhar e a conversar com uma donzela quando lhe fiz reparar a beleza dos azulejos nas casas por onde passávamos. Ela deslumbrou-se com a minha perspectiva de olhar para tudo por onde passo.
Olhar para o chão apenas é importante para certificar-se que ainda está no caminho certo! disse eu.
De repente ela solta para mim a seguinte frase: eu gosto de ficar horas a olhar as estrelas, elas são as coisas mais lindas que há na noite.
Ui de repente aquela flor me fez voltar a ser adolescente, e eu como num passe de magica tinha 14 anos...
Éramos as duas com asas de borboletas a voar unidas ao "vayu" vento. Tínhamos força cor e liberdade. Por um  instante minha alegria era de uma menina mais livre do que aquela que eu era. Eu olhava para ela e ficava hipnotizada com a sua desenvoltura ao voar tão leve pela noite...de um momento para outro saltei de estrelas, fui borboleta, e ela me revelou seu lugarzinho no mundo mais fofo de se apreciar o Tejo, e ver o Cristo Rei.
As meninas tem tão lindos e relicários segredinhos, que me derretia sendo novamente uma menina com meus 32 anos de pele.
 Reparei que continuava com as mesmas fantasias aqui dentro e fazia as mesmas aventuras de miúda e sem compromissos. E que minha amiga donzela facilmente acordou -me a acessar.
Descobrimos que temos os mesmos signos e que suas emoções eram as minhas de antigamente. Me senti útil ao revelar as verdadeiras historias que nosso coraçãozinho sente, mas que as vezes não é.
Ela me ouviu e eu me senti grata. Na época que eu tinha sua idade descobri tudo sozinha e custou-me...e isso fez sentir mais uma emoção: fui mãe. Agradeci mais uma vez outro acesso na minha alma. Cuidar de alguém nos torna tão próximos como aqueles que realmente são.
Somos professores, amigos, irmãos, mães, pais, avós e a voz da bondade quando falamos desde o coração.
Para mim ser mulher e usar a minha shakti é passear por dentro do coração com mensagens e arquétipos do meu ser. Viva aos encontros da alma.
Feliz domingo e namaste.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Saindo da caixa


Eu sempre amei as borboletas, elas são livres...
Passam por uma estadia num casulo sem reclamar da feiura e do pouco espaço.
 Realizam a aprendizagem e abrem-se para o mundo, devolvendo em gratidão ao universo sua beleza.
Lembro-me de ir aos bosques no Brasil, na minha terra natal, a caminhar por horas dentro da floresta, falando com a natureza, sozinha. Eu e  toda ela.
Sempre me era abençoado ver uma ou mais borboletas. Sempre que elas passavam por mim eu dizia:
Paz, amor e alegria.
Funcionava como um ritual para aproveitar a dádiva de ter visto aquelas meninas...
Nunca fui parecida com nenhuma das minhas colegas de escolas, sempre era a diferente.
Meu caminho era só, por não conseguir permanecer na mesma caixa.
Mas hoje eu vejo isso muito bem. Continuo a acreditar na minha melhor amiga: minha alma.
Olhando para como se move hoje a consciência das pessoas, vejo que ganhei anos a frente em descoberta.
Nunca vivi em caixas. Ja estive sim a participar, mas logo me davam coceiras e eu saia.
A sociedade hoje acorda ao perceber que velho é o pensamento do que se vê como velho.
Ninguem se prepara para uma velhice feliz...primeiro se matava depois queria viver. Como é o caso de aposentar-se...
AHHH...quando eu tiver 65 anos vou viver bem, casa na praia, renda mensal, vou comer de tudo...
Ai vem o stress...e todos perderam a juventude...
Pergunto: Será que alguém de fato chegou a gozar deste sonho?
A pessoa olha para um emprego que odeia, casado e sem energia de encontro, estudou algo que não gosta...que saco de vida...tenho 70 anos e estou doente...
Socorro, como dizia Hermógenes: Deus me livre de ser normal!!
Por isso sou tão feliz por dizer diariamente nas minhas aulas de yoga aos meus alunos, que vivam e agradeçam. Que dádiva é poder mudar isso tudo.
Namaste.